BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EIXO V


A interdisciplina de Seminário Integrador V propôs cofeccionarmos uma tabela na qual explicitaríamos as atividades realizadas diariamento em nosso cotidiano, assim como o tempo destinado a cada uma delas.
Ao realizar esta atividade me chamou atenção de como minha vida esta voltada para o trabalho ou estudos e como delego pouco tempo para lazer ou família, ou pelo menos muito menos tempo do que eu imaginava delegar.
Temporariamente não encontro outra forma de gerenciar minhas atividades cotidianas, apesar de que gostaria de ter mais tempo em minha vida para diversão.
Psicologia da vida adulta
Segundo Erikson, a conquista de nossa identidade se dá ao longo de toda nossa vida, à medida em que vamos experienciando e nos socializando.
Isso nos permite percebermos de maneira mais clara quem somos e o que queremos ser.
Acredito que esta intenção está diretamente relacionada às vivências sociais que tivemos ao longo de nosso percursso.
Gestão democrática
A Gestão democrática possui instâncias de funcionamento: a dimensão financeira, que se dá através dos repasses regulares de verbas para aplicação nos recursos desejados pela escola e posterior prestação de contas para a mesma; a dimensão administrativa, com o planejamento participativo, a eleição de diretores, o funcionamento do Conselho Escolar e as agremiações, associadas ao trabalho da escola; a dimensão pedagógica, que evolve o Projeto pedagógico e as ações realizadas para que o mesmo seja alcançado pedagogicamente; a dimensão relacional, que constitui do eficiente relacionamento com o sistema, com outras redes de ensino e instituições envolvidas com a educação que podem auxiliar a escola a colocar em prática seus objetivos expostos no Projeto Pedagógico.
Observo que ainda falta a consciência da comunidade, onde a escola que trabalho está inserida, da necessidade da sua participação de maneira mais efetiva. Há uma falta de apropriação por parte desta, da exposição de seus desejos, da participação constante nos processos escolares e acompanhamento das programações do calendário escolar.
Existe ainda a questão dos recursos insuficientes para a educação, o que ocupa grande parte do tempo dos discentes, que precisam se preocupar com a elaboração de formas para angariar e garantir a estabilidade financeira da escola. Também nesse sentido, me chama a atenção o grande número de colegas educadores que se desdobram em uma jornada de sessenta horas semanais de trabalho, pois os salários da categoria ainda são baixos. E nesse sentido acabam prejudicando a pesquisa, o desenvolvimento e o envolvimento dos profissionais de maneira mais harmônica, como requer a educação.
Através do que foi visto até agora, acredito que falta uma tomada de consciência da população no sentido de exige a implementação das políticas públicas. Isso acontecerá através da participação democrática, a iniciar pelo ambiente de nossas salas de aula. Aprendendo a participar criticamente do seu próprio processo de aprendizagem o indivíduo cria o hábito e vê a necessidade de fazê-lo em todas as dimensões de sua vida.
Pensando sobre Karl Marx e István Mészáros
Durante a interdisciplina de Escola, cultura e Sociedade, fomos comvidados a pensar sobre as idéias do filósofo e historiador Karl Marx e de Mészáros, e à partir daí tecermos um comentários sobre como percebemos a escola na atualidade.
Marx acreditava que a união entre trabalho produtivo e remunerado, instrução intelectual, exercício físico e treinamento politécnico elevariam a classe operária acima das classes superiores e médias.
Pensava que os trabalhadores operários vendiam sua força de trabalho para uma classe dominante, tendo uma dura jornada de trabalho sem tempo e sem condições para refletir sobre seu estado e promover mudanças.
István Mészáros propõe o pensar sobre a educação para além do capital. E que, a fragmentção que não permite ao homem dar-se conta do todo, e a partir deste todo, reelaborar suas idéias.
Neste país, para muitos operários, o buscar o conhecimento ainda é motivado única e exclusivamente para a manutenção de seus empregos. Vão para cursos noturnos cansados, após uma exaustiva rotina de trabalho, não percebendo que ali talvez se encontre sua única perspectiva de mudança.
A escola, servindo ao sistema, também fragmenta o conhecimento em pequenos compartimentos de acordo com aquilo que julga ser interessante ao seu aluno aprender. Falta exonomia na carga horária das disciplinas, falta articulação entre as mesmas, falta fazer o educando dar-se conta do todo.
Estudar Marx e Mészáros é repensar no que estamos reproduzindo no espaço escolar, e o que desejamos para o mesmo. É repensar idéias, tempos e espaços.
Concepções e normas de currículo e de avaliação
Na interdisciplina de Organização do ensino Fundamental, realizamos um quadro de levantamento de dois documentos do currículo escolar: o Projeto político pedagógico e o Regimento escolar, da escola na qual atuamos.
O PPP trata das concepções escolares, a partir da análise da realidade da mesma, e conclui com o que deseja, aquela comunidade, que seja articulado dentro deste espaço.
O Regimento escolar aborda as normas que devem ser seguidas para atingirmos os objetivos apontados no PPP.
Refletindo sobre tais questões, posso perceber que a educação está passando por um momento muito singular, no qual, todos os envolvidos estão procurando soluções e caminhos para tornar o aprender prazeroso, mas acima de tudo significativo. Há avanços constantes na busca do sucesso em nossas escolas e muito ainda precisa ser feito, mas o mais importante é que finalmente estamos problematizando, discutindo pensando e falando sobre educação.
Acredito que a unidade escolar deva ter mais autonomia, que mesmo devendo se reportar à mantenedora, deva ser capaz de elaborar sua dinâmica e adaptar suas decisões de acordo com a comunidade na qual se insere. Atualmente, sou supervisora, e não consigo sentar com professores para elaborarmos projetos pedagógicos e praticas que atendam as necessidades dos nossos alunos, pois destino a maior parte do meu tempo preenchendo papéis ou em reuniões coma a mantenedora, deixando assim, na verdade, a escola acéfala desta função.
Penso que isso de deve, também, porque a mantenedora também está aprendendo a abrir-se para a participação do coletivo.

EIXO IV



Neste eixo a interdisciplina do Seminário Integrador trouxe a tônica do que seria o foco do semestre e que, futuramente, nortearia também o restante da graduação: a capacidade de formular e estimular a indagação.
Sabemos que a pergunta é a iniciativa de apropriação de algo pelo sujeito e que é inerente 'a construção do conhecimento. O fato do professor de estimular e valorizar o ato da pergunta está diretamente relacionado 'a construção da criticidade que tanto queremos.
A pergunta também pode ser um indicativo para o docente de o quanto ele está em sintonia com os interesses de seus alunos..
A busca de atualização e aperfeiçoamento está diretamente ligada 'a nossa capacidade de questionamento.
Atividade de Estudos Sociais
Na interdisciplina Representação do mundo pelos Estudos Sociais, realizei uma atividade na qual refletia sobre minha prática em sala de aula e a importância de se ensinar/aprender História e Geografia. Neste momento me dei conta de quão mais fácil se torna instigar alunos à criticidade se planejarmos nossas ações em sala de aula partindo dos "interrogantes do presente" surgidos das concepções trazidas pelos próprios educandos.
Conhecimento dos objetos
"O conhecimento, segundo Piaget, não é uma cópia da realidade. Não resulta de olhar e fazer simplismente uma cópia mental, uma imagem de um objeto. Para conhecer um objeto, um fato, é preciso agir sobre ele, modificá-lo, transformá-lo, compreender o processo dessa tranformação e, como conseqüência entender a maneira como o objeto é constrído."(Léa da Cruz Fagundes)
A experência com luz e sombra que realizamos com os alunos na Interdisciplina de Ciências,reflete muito bem a importância da manipulação de objetos concretos como forma de apreensão dos mesmos. Quebrei a cabeça e fiquei encantada como os alunos sentiram-se desafiados ao manipularem figuras simples e com elas formaram inúmeras possibilidades que só através da ação sobre o objeto foi possível.
O Tempo e o Espaço- uma construção preparada
Conhecer que a noção de espaço e tempo pela criança é algo que exige uma preparação que deve ser provocada intencionalmente em sala de aula foi uma descoberta muito enriquecedora para minha prática.
Saber que as etapas da construção da noção de espaço passa pelo espaço perceptivo, representativo, intuitivo, para só então chegar no operatório, com faixas etárias correspondentes é, para mim visualizar soluções para diversos problemas de aprendizagens da sala de aula. Como por exemplo: um aluno com dificuldades matemáticas pode não ter realizado atividades suficientementes relevantes para o desenvolvimento de seu espaço operatório. Fato esse, que também justifica a impotância de trabalharmos interdisciplinarmente em sala de aula.
Assim, também na construção do tempo físico e histórico. Essas dimensões são elementos fundamentais para o entendimento pelo aluno de uma dimensão contínua, o que permitirá a ele identificar-se como elemento constitutivo da história.
TICS - TEXTO COLETIVO
Após diversas tentativas frustradas de me cadastrar em um grupo, recebi ajuda da colega Sheila, que me instruiu como deveria iniciar um texto no ETC.
Sendo assim, iniciei minhas considerações pensando justamente na importância da cooperação e da interatividade nas relações de aprendizagens que construimos ao londo de nossa vida.
Que o pertencimento a grupos é da natureza humana, e é assim que nos completamos e respondemos nossas necessidades de sobreviência, nas mais diversas situações cotidianas. É também o grupo que nos permite a indudualização, através das nossas mais variadas reflexões, pois assim nos reconhecemos e formamos nossa identidade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O pedagógico e a política



A interdisciplina SI III possibilitou uma reflexão sobre nossos momentos de aprendizagens, e o estabelecimento de uma relação de todas as interdisciplinas que estão sendo estudadas e nossa prática cotidiana. O registro destas relações me faz perceber de maneira mais clara as a distância ou a proximidade entre a teoria e a prática. Aliás, Seminário Integrador em todas as suas edições buscou que se realizasse de maneira reflexiva e interdiciplinar uma análise sobre o que se aprendeu, para que serviram tais aprendizagens e como irão interferir na práxis no espaço escolar.
A interdisciplinade EPPC me fez repensar a vivência escolar e o que observo dento daquilo que os professores esperam em termos de escola ou ideais de educação. A distância existente entre o currículo aplicado nas escolas e as reais necessidades da comunidade na qual está inserida. Segundo Paulo Freire, os professores devem assumir um papel responsável na formação dos propósitos e condições de escolarização. Essa responsabilidade acaba se perdendo no excesso de carga horária trabalhada, que é gerador de desânimo, acomodação, cansaço, sentimento de impotência e por fim, pouco tempo para reuniões que levem à crítica reflexiva das condições e frutos da sua intervenção profissional.
Como professora acredito que, todos nós educadores, possuímos um ideal comprometido com a pesquisa e a transformação. Nos falta, com certeza, é tornar o pedagógico mais político e o político mais pedagógico e pensarmos, juntos, meios que possibilitem a mudança educacional necessária, idealizada por Paulo Freire.

Artes e brincadeiras no terceiro trimestre


No terceiro trimestre tive um total de sete disciplinas que se apresentaram voltadas para a organização escolar e a importância das artes e da brincadeira na escola não só como forma de enriquecer o aprendizado mas, principalmente, como promotoras do conhecimento.
A interdisciplina de Teatro na Educação me permitiu experienciar uma possibilidade lúdica de estimular as potencialidades reflexivas e críticas dos alunos. Como professora, busquei incentivar essas características nos educandos. Descobri que através da utilização do teatro – com suas técnicas de desinibição, da improvisação, do discurso espontâneo – isso seria possível. Talvez, seja esta uma solução para um problema sério do sistema educacional brasileiro.
A interdisciplina de Artes possibilitou-me conhecer diferentes produções artísticas realizadas ao longo da história da humanidade, e, por fim, estabelecer um paralelo – visita à Bienal – com o que é arte e o que costumamos chamar de arte.
Pude observar que a arte está mais presente no cotidiano escolar do que imaginava e o quanto é importante para o aluno um professor que reconheça sua livre expressão como um trabalho artístico.
A música está presente em nossas vidas do ventre materno até a nossa morte. Ela está ligada a condição humana como seu complemento.
As vezes, não sabemos explicar porque possuímos essa ligação tão íntima com uma determinada melodia, mas é através dela que damos formas aos sentimentos, pois ela nos apresenta "um tempo anterior à possibilidade de expressão verbal".
Esta interdisciplina possibilitou tais reflexões como também, a importância, para o aluno e professor, a diferenciação entre ritmo, compasso e melodia, inclusive para as futuras aprendizagens no que tange a matemática.
A interdisciplina de Literatura me possibilitou perceber as dimensões de um poema, os tempos e espaços da narrativa e, principalmente, o quanto é importante utilizarmos em sala os textos originais dos autores, pois, contos são criações populares, feitas por pessoas anônimas, transmitidas oralmente, de geração para geração, pela própria memória do povo, retratando a sociedade da época, e isso, muitas vezes não se manteve preservado. Cada um que contava a historia repetia e / ou criava elementos, acrescentando, modificando e dando uma nova interpretação ao mesmo conto, se baseando em sua história de vida e nas dos outros, partindo de um processo de criação individual, porém tais transformações, muitas vezes, acabam por não atender as intenções originais das narrativas.
Na interdisciplina de Ludicidade pude aprender a real importância das brincadeiras para a criança. A brincadeira é um espaço de "mentira", no qual o sujeito têm o controle da situação. É através da experiência lúdica que a criança ou o adulto pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral e descobrir seu "eu". É brincando que reconhecemos o outro na sua diferença e singularidade, e as trocas aí partilhadas entre os sujeitos irão embasar a maneira de ver e se relacionar com o outro e com o mundo.
O lúdico pode servir para dominar angustias e controlar os impulsos, assimilar sensações, estabelecer contatos sociais, satisfazer desejos, desenvolver habilidades, conhecimentos e criatividade.
Gostei muito das aprendizagens possibilitadas por esta interdisciplina.