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terça-feira, 22 de junho de 2010

O que nossos alunos leem?



Quinzenalmente me dedico a um curso de Letramento – alfabetização e linguagem, do Ministério da Educação e promovido pela Secretaria de Educação de São Leopoldo.
Em um encontro, dia desses, realizávamos um levantamento sobre nossas vivências infantis: quando e onde líamos, quem eram os mediadores, se frequentávamos bibliotecas ou se havia bibliotecas nas escolas onde tínhamos estudado.
Observamos que a grande maioria do grupo citou a escola como sendo a responsável pelos momentos de leitura aos quais havíamos vivenciado.
Seguimos nos questionando sobre o que se lê na escola? para que se lê na escola? e, em que condições se lê na escola?
Ao retornar tais reflexões para meu ambiente de trabalho – a escola – ouço uma fala comum na sala de professores, principalmente, nesta época de conselhos de classe: “nossos alunos chegam no quinto ano e não sabem ler, interpretar nem produzir textos.”
Ora, se sabemos que a função escolar reside não somente na alfabetização mas, principalmente, no letramento o que acontece quando há a constatação de que a leitura reflexiva não acontece?
Talvez precisamos repensar sobre o que é um leitor?
Segundo Ricardo Azevedo, leitores são “pessoas aptas a utilizar textos em benefício próprio,...seja como instrumento para ampliar sua visão de mundo, seja por motivos religiosos, seja por puro e simples entretenimento”. Talvez a escola necessite reconhecer as leituras que seus alunos realizam como sendo legítimas.
Referência:
AZEVEDO, Ricardo. Aspectos da literatura infantil brasileira hoje. In Revista Releitura, Belo Horizonte, 2001, nº15.
Disponível em: www.ricardoazevedo.com.br

Desenvolvendo a capacidade leitora




Propor um trabalho no sentido da formação de leitores é sempre um desafio. A leitura requer muito esforço, aprendizagem e acumulação, pois quanto mais capacitação mais prazer irá proporcionar. No dia 01 de junho tive a oportunidade de assistir uma palestra com Ricardo Azevedo, autor de diversas obras infantis, onde dizia que a formação de um leitor se dá quando as pessoas são capazes de utilizar os textos em benefício próprio.
A paixão pela leitura surge das simples descobertas. Entre elas, descobrir que as melhores coisas da vida não tem em si uma função, que somos diferentes, com características diferentes e assim o seremos, aprendizes, até o final da vida.
A leitura alimenta a capacidade de suportar os problemas através da leitura, pois sempre há um cantinho para onde se pode fugir em nossa imaginação. A cultura funciona como uma lente, nós vemos a realidade através de lentes culturais, e a ficção é uma forma de experimentar a realidade. A literatura é um artefato utilizado pelo ser humano para complementar os “buracos “ que criamos.
O professor se abastece de idéias na literatura, mas encontra dificuldades em tornar-se um mediador de leitura. A capacidade leitora, assim como a escrita, precisa ser desenvolvida na escola. A escola deve assumir sua função de treinadora e, posteriormente, de deleite requerido pela ação leitora.
As atividades diferenciadas, indo ao encontro das realidades do aluno, ajudam o educador nesse percurso. Ao se propor desenvolver a capacidade leitora o professor oferece ao educando um universo de descobertas e um refúgio na imaginação que será único e de acesso livre, sempre que o aluno desejar.